Uma criança nascida em 2022 deverá viver 75 anos

Foto: Aurelio Alves/O Povo

Por O Povo

Uma criança nascida no ano de 2022 deverá viver, em média, 75 anosSe for mulher, a projeção é de 79 anos e se for homem, são 72 anos. Os números são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com dados de 2022, e já consideram o aumento de mortes durante a pandemia de Covid-19. Considerando as pessoas a partir dos 60 anos, a expectativa é de mais 23,5 anos para as mulheres e 20 anos para homens.

As projeções compõem as Tábuas Completas de Mortalidade e consideram que o indivíduo, ao longo da vida, vivencie níveis de mortalidade semelhantes ao que a população apresentou em 2022.

Outra importante estatística foi divulgada pelo IBGE: a cada grupo de mil crianças nascidas vivas (até 1 ano) em 2022, a taxa de mortalidade infantil foi de 12,9 óbitos, sendo 11,7 por mil para mulheres e 13,9 por mil para homens.

Dentre os dados disponíveis, é possível identificar evolução gradual de óbitos na década 2000-2010, passando de 1 milhão no ano 2000 para 1,349 milhão em 2019. No ano seguinte, porém, já é possível identificar o crescimento para 1,556 milhão e, em 2021, atinge o ápice, com 1,832 milhão de óbitos no Brasil. 

Os números recuam em 2022, com 1,542 milhão de mortes, mas ainda superior à tendência pré-pandemia. A projeção é mesmo de aumento de óbitos no País, tanto pelo envelhecimento populacional quanto pela melhoria no registro de óbitos. Para os próximos anos, o IBGE afirma que deverá haver redução do excedente de óbitos de idosos, refletindo a diminuição de mortes por Covid-19.

Em 2024 deverão ser divulgadas as Tábuas de Mortalidade de 2022 para os estados brasileiros. Nesse cálculo, serão necessárias informações do Censo de 2022 que ainda não estão disponíveis, como as estimativas de migração interna.

As Tábuas são divulgadas anualmente, antes do dia 1º de dezembro, e utilizam dados populacionais e registro de óbitos registrados nos Censos Demográficos. Os cálculos surgem a partir do quociente entre as mortes e o número de indivíduos expostos ao risco de morte, por idade e sexo, e refletem diretamente as condições sanitárias, de saúde e de segurança da população. As estatísticas são fundamentais para formulação de políticas públicas.