Publicado às 10h desta quarta-feira (16)

Não parte apenas da bancada de oposição às críticas com relação a qualidade das obras realizadas pelo governo Márcia Conrado. Parlamentares governistas também não querem fechar os olhos.

O exemplo mais recente é a reforma que está sendo feita no Colégio Cônego Torres, um dos mais antigos e tradicionais de Serra Talhada.

Uma emenda no valor de R$ 2 milhões foi liberada para reformar o colégio, com intervenções no refeitório, piscina semiolímpica, bloco de laboratório e capacidade de acolhimento de cerca de 600 alunos.

Na semana passada, o vereador Vandinho da Saúde esteve no local e revelou que a obra encontra-se quase parada. O anúncio levou uma comissão de parlamentares até o local, entre eles, André Maio, que não ficou satisfeito com o que viu.

“Realmente a obra está parada. Inclusive é uma obra que se você olhar a construção da Fausto Pereira [escola do distrito de Água Branca] e a  construção do Conego Torres, você vê a diferença de um profissional para um amador. A obra de péssima qualidade. A gente que é construtor. e eu mexo com construção civil há uns anos, vejo  aquela obra mal feita gente; as esquadrilhas, as portas, as cerâmicas. Aliás, a gente precisa  das nota fiscais para saber se está na planilha, se foi comprado tipo A, se foi aplicado o tipo A, se for aplicado o tipo C”, disse o parlamentar, reforçando:

“Os intertravados, levando topada de metro em metro Então, e a gente votou aqui nesta Casa, na Secretaria de Educação, o cargo de Engenheiro Técnico de Edificações, para que a Secretaria de Educação pudesse fazer essas vistorias nas obras sem depender da Secretaria de Obras. Eu peço aqui a atenção do secretário de educação e não pode vim dizer aqui: “ah, mas eu assumi, só apenas dois meses, eu assumi apenas um mês”. Não! Quando você assume, assume uma situação. Costumo dizer que se você não puder com o pote não pegue na rodilha”.

DINHEIRO PODE SER DESPERDIÇADO

Além de revelar preocupação com a qualidade do material empregado, André Maio alertou sobre a possibilidade do dinheiro estar sendo desperdiçado, e citou como exemplo, a piscina que está pronta.

“Noventa dias a piscina seca. Aquilo ali, Deus queira que não, mas quando colocar água pode rachar. A gente sabe quando se faz um tanque e se não colocar água ele racha. O mato está tomando de conta. As empresas irresponsáveis, que pelo menos era pra manter lá um ajudante fazendo a limpeza. Ali tem crianças, ali tem estudantes, ali pode juntar cobra. Então não pode aquilo”, finalizou.