acusado condenado por homicídio
Foto: Farol de Notícias / Licca Lima

Um dos crimes mais bárbaros que ocorreu nos últimos anos em Serra Talhada foi a julgamento nesta terça-feira (19).

Após três anos, Gilberto Estevão da Silva,  acusado de matar a facadas e carbonizar o corpo de Bruno Pereira, de 23 anos, no dia 7 de março de 2021, foi condenado a mais de 21 anos de prisão. [relembre o caso]

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Com a presença de juri popular no Fórum de Serra Talhada, o juiz em exercício de substituição, José Anastácio Guimarães, proferiu a decisão a favor da condenação.

O crime foi motivado por ciúmes, onde a vítima estava em uma relacionamento com a ex-companheira do autor do crime.

RELEMBRE

Na época, a vítima foi encontrada em uma estrada vicinal que leva a Fazenda São Miguel, no distrito Logradouro, zona rural de Serra Talhada.

O inquérito foi instaurado pelo, então, delegado da 177ª Circunscrição de Polícia Civil de Serra Talhada, Alexandre Barros.

O Farol de Notícias acompanhou o caso e conversou com familiares de Bruno que confirmaram que o veículo pertencia ao jovem e reconheceram o corpo.

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Gilberto Estevão ficou foragido por cerca de 10 dias, escondido em na zona rural da cidade.

No dia 15 de março de 2021, a Polícia Civil conseguiu cumprir o mandado de prisão preventiva, em uma operação conjunta com equipes do BEPI (Batalhão Especializado de Policiamento do Interior).

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A defesa do acusado apresentou argumentos em busca da absolvição. Dentre eles, alegou legítima defesa e humilhações que a vítima teria disparado contra o acusado.

Em seu argumento para o plenário do júri popular, a acusação representada pelo promotor Romero Tadeu Borja apontou machismo e misoginia na ação diante do crime, rebatendo a tese de legítima defesa.

“Quando a gente mente não consegue memorizar com riqueza de detalhes. Eu estou convencido do motivo, do porquê e da forma e me causa revolta de me deparar com isso”, disse o promotor.

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“Estou falando de um jovem que é da minha geração, da minha idade e ainda tem uma mentalidade tão atrasada, e que é capaz de praticar um crime tão bárbaro, tão chocante”, analisou a promotoria, complementando:

“Eu não quero viver em uma sociedade em que o fim de um relacionamento é motivo de um fim como esse. Isso era para a gente estar dizendo um recado para além dessas paredes. Para a sociedade, diga que a gente vive no Pajeú das Flores e tem empatia. Vamos mandar um recado para ele e para os demais, vamos libertar as mulheres que vivem constantemente em uma sociedade machista”.

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