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Fotos: Alejandro García/Farol

Atualizado às 18h28 desta terça-feira (19)

Em assembleia extraordinária, na tarde desta terça-feira (19), a categoria de professores municipais aceitou, por unanimidade, o reajuste de 16,65% nos salários após acordo com a Prefeitura de Serra Talhada. O anúncio foi realizado pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintest), Sinézio Rodrigues, no plenário da Câmara de Vereadores. Desse modo, o governo Luciano Duque conseguiu evitar um ‘incêndio’, já que o Sintest estava disposto a deflagrar greve por tempo indeterminado já nesta quarta-feira (20), caso não houvesse consenso. O novo reajuste atinge também os demais servidores em educação, que receberão 10% de aumento.

Em conversa com o FAROL, após a assembleia, o secretário de Educação, Edmar Júnior, reconheceu ser uma obrigação da prefeitura regularizar os pagamentos equiparando-os ao piso nacional, mesmo entendendo que isso significa mais um arrocho nas contas do governo. “Na verdade, existia uma defasagem no cálculo do Plano de Cargos e Carreiras da categoria desde 2010. Demos esse aumento por uma obrigação legal com a categoria, obrigação de governo pagar o piso, e fica logo tudo regularizado com todos os profissionais satisfeitos”, disse Edmar Júnior, que também é docente.

Com o reajuste, o professor inicial deverá ter um acréscimo de R$ 222 no piso salarial. Já aqueles com 15 anos de carreira e especialização terão aumento de cerca de R$ 300. De retroativos em 2015, ou seja, calculados de janeiro até agora, o governo irá investir cerca de R$ 700 mil na folha de pagamento. No entanto, a prefeitura ainda não entrou num acordo com o Sintest sobre os retroativos de 2014, mas a previsão é que tudo se resolva até junho. Os retroativos do ano passado estão previstos para começar a serem pagos em outubro, divididos em quatro parcelas. Já os professores devem receber os atrasados de 2015 até setembro deste ano.

ENXUGAR A MÁQUINA

Ainda, em conversa com o FAROL, o secretário Edmar Júnior disse que já está planejando uma nova estratégia para enxugamento de custos na Secretaria Municipal de Educação. “Com esse reajuste vai ficar apertado? Vai. Mas desde 2013 a gente vem tentando enxugar a máquina, cortando gastos os maiores possíveis para nos adequarmos, mas vamos conseguir”, comentou. Após esse aumento, o governo admite, numa estimativa, ficar com déficit de cerca de R$ 4 milhões.

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