EMBATE: Professores rejeitam proposta de Duque e anunciam protesto para 6 de maio

Reunidos em assembleia no auditório do Colégio Cônego Torres, nessa sexta-feira (25), cerca de 300 professores da Rede Municipal de Ensino (RME) rejeitaram a contra proposta de reajuste salarial do prefeito Luciano Duque (PT) que acenou com um aumento de 2% nos salários dos docentes. O índice foi para o debate, mas acabou gerando revolta em muitos trabalhadores da educação.

“A proposta do prefeito de 2% é uma vergonha, pois é o mínimo do mínimo que a presidenta Dilma mandou dar, que seria de 8,2%. Dentro de uma negociação onde é pedido 15% e você fazer uma contra proposta de 2% é porque você não quer nem conversar, imagina negociar”, disse o professor José Raimundo Flor, defendendo a greve por tempo indeterminado.

“A greve em si é uma coisa prejudicial, mas necessária, é um mal necessário. Se o patrão não quer acordo, não quer negociar, não quer conversar. Luciano Duque se trancou. Para o professor que se mata dentro de uma sala de aula das 7 da manhã até às 10 da noite esse percentual é vergonhoso”, reforçou o professor.

Apesar da revolta, a categoria recuou na proposta reivindicatória e programou um protesto pacífico para o dia 6 de maio, data do aniversário de Serra Talhada.

“Analisamos as contas do governo e reduzimos a nossa proposta para 10% de reajuste. Entretanto, no dia 6 de maio vamos fazer um protesto silencioso durante o desfile cívico, no aniversário de Serra Talhada.Vamos nos vestir de branco e distribuir adesivos para população e mostrar a nossa indignação”, disse o vereador Sinézio Rodrigues, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintest).

De acordo com Sinézio Rodrigues, o aumento da alíquota da Previdência Própria para os servidores públicos acabou atrapalhando as negociações. “O governo está repassando cerca de R$ 2 milhões para o Instituto de Previdência Ippst) e este dinheiro está saindo do Fundeb. Ou seja, o trabalhador está ‘pagando o pato’ duas vezes. Mas não abrimos mão de 10% de reajuste salarial senão vamos ter perdas com relação ao piso nacional dos professores”, finalizou Rodrigues.