Os 12 operários que trabalharam no canteiro de obras da Academia – e que haviam passado o Réveillon sem receber parte do salário – confirmaram ao FAROL, nessa quinta-feira (5), que ainda não receberam, da construtora Imobiliare, nem o direito do 13º salário e nem do seguro desemprego. A construtora foi contratada pela Prefeitura Municipal de Serra Talhada (PMST).
O pedreiro Argermiro Bezerra de Carvalho, líder do grupo, revelou ao FAROL que Bruno Barbosa, dono da construtora – tentando acalmar os ânimos dos trabalhadores – foi pessoalmente na casa do operário, na tarde dessa quinta-feira, para convidá-lo a assumir posição de comando na construção. “Ele (Bruno) não desceu sequer do carro. Queria que eu ficasse como encarregado da obra”, revelou.
Até o momento, segundo os trabalhadores, a Imobiliare havia pago apenas o restante dos salários de dezembro. Revoltados com o atraso de pagamento, mês passado alguns pedreiros chegaram a escrever numa placa do governo: “12 pais de família sem receber por mais de 40 dias. ”
Obra depredada e saqueada
Segundo os operários, até agora a obra de construção da Academia das Cidades no bairro não foi retomada e o cenário é de abandono. Os trabalhadores relatam que moradores do entorno da obra já saquearam vários objetos do local como quadros de luz, tapumes, telhas e até caixa d’água .
“Estão levando tudo porque não tem segurança. Em relação ao salário, a empresa pagou somente pelos dias trabalhados, mas não pagaram os nossos direitos”, afirmou Argemiro Bezerra de Carvalho.
A Imobiliare já recebeu mais de R$ 100 mil de repasse da prefeitura. O governo chegou a ameaçar rasgar o contrato com a empresa, caso a obra não fosse reiniciada e os problemas dos operários resolvidos. Entretanto, nenhuma atitude foi tomada. O FAROL tentou localizar Bruno Barbosa para comentar o assunto, por telefone, mas não obteve sucesso.
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